Quando foi lançada na Europa e nos
Estados Unidos, no início de 2007, a ficha técnica, os números de desempenho e
as novidades tecnológicas da sétima geração da Suzuki GSX-R 1000 deixaram os
fãs brasileiros de motos superesportivas com água na boca. Pois finalmente,
agora em 2008, a GSX-R 1000 desembarca no País.
O modelo 2008 – chamada de K7 – é
inédita do farol aos escapamentos: quadro de dupla trave superior em alumínio
mais compacto, suspensões mais eficientes, nova balança traseira, pedaleiras ajustáveis,
nova injeção eletrônica, enfim… Tudo novo.
Como o projeto da Suzuki tinha como
objetivo criar uma campeã das pistas, um simples teste pelas ruas e estradas da
Grande São Paulo não é suficiente para se conhecer a fundo essa superesportiva.
Mas já podemos ter uma idéia do que ela é capaz.
Seletor de potência
O motor tem a mesma arquitetura de
seu antecessor – quatro cilindros em linha de 999 cm3, 16 válvulas, comando
duplo no cabeçote (DOHC), com arrefecimento líquido -, porém com pistões
forjados em alumínio, eixos de comando ocos (para reduzir o peso) e um balancim
para reduzir vibrações.
A Suzuki também mudou a injeção
eletrônica, agora mais compacta, tem bicos injetores com 12 pequenos orifícios
em vez dos quatro furos maiores utilizados anteriormente. Com isso a
nebulização da mistura ar-combustível é mais eficientes. Tudo para manter o
propulsor bem alimentado.
Essas novidades, em conjunto com
dutos de admissão e escape 8% maiores e válvulas em titânio com comando “mais
bravo”, resultaram em um aumento de 7 cv no potência máxima – passou dos
anteriores 178 cv a 11.000 rpm para 185 cv a 12.000 rpm. Isso sem a indução
direta de ar, somente medido no dinamômetro.
Mas o grande destaque desse novo
motor não são os sete cavalinhos a mais. Mas sim um pequeno botão localizado no
punho direito, chamado de Suzuki Mode Drive Selector, ou simplesmente, S-MDS,
como gosta a fábrica de Hamamatsu.
Trata-se de um seletor de como a
curva de potência será entregue pelo motor. O piloto pode escolher três
diferentes tipos de gerenciamento do propulsor. É como ter três motos em uma só
com o simples toque de um botão.
No modo “A” você tem força total. No
modo “B”, a potência é menos em baixas rotações, mas a partir das 9.000 rpm a
usina de força está de volta. No modo “C” mantém pouco potência em médios e
baixos regimes, mas o motor pára de entregar mais potência acima das 8.000 rpm.
Podemos chamar o modo “A” de exagero.
A potência é tanta desde as baixas rotações que senti o pneu traseiro derrapar
assim que girava o acelerador com vontade. O modo “B” transmite mais confiança,
pois se pode acelerar nas saídas de curva sem medo que a motos saia de baixo de
vocês.
Já o modo “C” realmente transformou
essa bestial 1.000 cc em uma moto mais mansa, como uma 600cc. Seria ideal para
um dia chuvoso em uma serra sinuosa.
Ciclística
O novo e compacto quadro de dupla
trave superior em liga de alumínio e as suspensões reformuladas completam o
excelente conjunto da nova Suzuki 1000. Os garfos telescópicos invertidos
(upside-down) na dianteira e o monoamortecedor na traseira ganharam regulagem
na velocidade da compressão, além do ajuste de retorno e na pré-carga da mola.
Com tanta força do motor uma novidade
bem vinda foi o amortecedor de direção com uma válvula eletromagnética que enrijece
o guidão de acordo com a velocidade, facilitando as manobras em baixa
velocidade. Para que a moto fique bem ao gosto do piloto, as pedaleiras da nova
GSX-R1000 podem ser ajustadas em três diferentes posições.
Outro ponto forte são os freios.
Basta apertar o manete para que os dois discos de 310 mm de diâmetro, com
pinças radiais de quatro pistões, parem a roda dianteira. Na traseira, um disco
simples de 220 mm com pinça de um pistão completa o serviço de parar os 172 kg
dessa besta de 1.000 cc.
Dois escapamentos
No design a mudança que salta aos
olhos são os dois novos escapamentos em substituição ao único escape da versão
anterior. Agora o sistema 4-1-2 com duas saídas, uma de cada lado, resultou em
um peso maior, mas, segundo a fábrica japonesa, a centralização de massas está
melhor.
A carenagem também mudou. Projetada
em túnel de vento, teve sua área frontal reduzida. A bolha está mais alta para
oferecer mais proteção aerodinâmica em alta velocidade.
Para completar o cockpit, um compacto
e belo painel, que traz: conta-giros analógico, velocímetro digital,
shift-light (luz que indica a hora de trocar de marcha) e um útil indicador de
marcha engatada, e outras coisas mais supérfluas, como relógio, hodômetros etc.
A nova GSX-R1000 já está disponível
nas Concessionárias Suzuki nas cores preta, preta e laranja, vermelha, azul e
amarela. Seu preço sugerido é de R$ 71.900, mas concessionárias estão
oferecendo, por tempo indeterminado, um bônus promocional no valor de R$
10.700.
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