quarta-feira, 8 de novembro de 2017
Acidentes de trânsito são a principal causa de morte de jovens no mundo
Nas Américas, os traumatismos provocados pelos acidentes só matam menos que os homicídios. Esta situação torna-se preocupante, já que além do numero de acidentes ser alarmante, a gravidade dos mesmos é o que mais assusta. Basta notarmos os recentes fatos acompanhados nos noticiários, envolvendo carros e motos potentes, envolvidos em acidentes com alta velocidade, bebidas, imprudência, negligencia ou imperícia na condução de veículos muito diferentes do que foram treinados e avaliados em seu processo de habilitação. E diante de tal situação, faz-se necessária a pergunta: nossos jovens estão preparados para o transito de fato?
O questionamento nos leva a refletir vários aspectos e, entre eles, a relação do aprendizado que é exigido e praticado nos Centros de Formação de Condutores, as chamadas autoescolas, que aplicam o que é determinado pelo Codigo de Transito Brasileiro e a realidade social do candidato a futuro condutor.
Hoje um jovem se dirige a uma autoescola para habilitar-se e encontra na exigência de carga horária pratica, aulas ministradas em um automóvel com cambio manual, de baixa potencia de motorização, ou ainda, aulas de motocicleta, geralmente de 125 ou 150 cc. Porem sabemos, que a utilização de carros de cambio automático e com motorização de alta performance, e motocicletas super esportivas, se faz cada vez mais presente na vida destes jovens, ou seja, a pessoa aprende a pilotar uma motocicleta de 125cc e após habilitada pode conduzir uma outra de 1000cc, ou ainda, faz aulas e exames práticos em um carro 1.0 e depois passa a conduzir um V8 que alcança facilmente os 300 Km/h. Será mesmo que ela esta preparada para tal situação? Ter um veiculo potente, com um som de alta performance, rodas bonitas, escapamento emitindo um ronco ensurdecedor aumentam a esportividade e sabemos, que tudo que se relaciona a esportividade sugere competição, e muitas das vezes este ímpeto leva nossos jovens a cometerem abusos, muitos deles levando a conseqüências extremas como um acidente com vitimas fatais.
Temos que rever se o que é exigido como aprendizagem pelo futuro condutor está de fato formando um motorista ou motociclista de verdade. Há necessidade urgente de reavaliar todo o contexto do processo de habilitação, ou a formação de cursos obrigatórios de extensão de aprendizado, capacitando o condutor a utilizar veículos com características bem diferentes das quais ele foi primariamente habilitado.
Esta causa é urgente, já que a cada dia perdemos um pouco da nossa juventude em nossas ruas e rodovias.
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