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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Como plantar eucalipto? qual a receita estimada?

Como plantar eucalipto
Falar em plantio de eucalipto hoje é um fato que não abrange apenas uma forma de rentabilidade do produtor, mas uma forma de sustentabilidade para os recursos naturais brasileiros. Até alguns anos atrás, plantar eucalipto era sinal de fonte de renda futura, uma poupança do produtor rural. Entretanto, se não fosse pelo plantio de eucalipto, provavelmente hoje muitas de nossas crianças estariam sem papel na escola, os livros estariam em falta, o mercado moveleiro estaria em decadência. Tudo isso mostra tamanha a importância das florestas plantadas hoje no Brasil.
Através do plantio de madeiras, como eucalipto e Pinus, hoje o Brasil vê a sua frente uma larga demanda de produtos oriundos desse material. São móveis, papel e celulose, carvão, laminas e vários outros produtos que essas espécies podem dar resultado.
O plantio do Eucalipto começa bem antes da compra da madeira: a escolha e limpeza da área, controle de pragas e doenças, definição do método de plantio e tratos culturais são alguns fatores serem lembrados. Os eucaliptos tendem a se desenvolver melhor, quando o plantio é feito no período de chuvas. Na maioria dos casos, as mudas são plantadas debaixo de chuvas, o que a torna mais resistente no futuro.
Atualmente com a ajuda da genética, as mudas têm sido beneficiadas para seu melhoramento de produtividade na propriedade rural. Em sua maioria, elas são resistentes a geadas, pragas e muitos outros.
Através de estudos, a cada ano, as mudas já vêm com melhoramento genético mais eficaz, permitindo um melhor aproveitamento das espécies.
Dependendo para qual for à finalidade do seu plantio de eucalipto, o espaçamento varia de 3 x 3 ou 3 x 2. Para quem for utilizar seu reflorestamento para carvão, lenha, o normal é que seja plantado 3 x 2. Caso o produtor queira buscar algo mais vantajoso financeiramente, entretanto a longo prazo, o ideal é o plantio 3 x 3, madeira essa aproveitada no mercado de lâminas.
Ambas as atividade dão retorno garantido, entretanto a lâmina tem um valor agregado bem maior. A diferença é na questão dos cuidados. Enquanto para outro ramo, o eucalipto em si não precisa de muitos cuidados, para a lâmina, as arvores precisam ser sempre podadas, para o não surgimento de nós, com o passar dos anos é preciso fazer dois raleio (retirada de arvores), para que as que permanecerem possam desenvolver melhor, para dar um maior proveito na Laminação.
Em media, o Eucalipto cresce de 6 a 10 anos dependendo da atividade a ser desenvolvida. Hoje, a demanda de madeiras no Brasil tem sido discutida direto em seminários, uma vez que provavelmente faltará matéria prima no mercado. Portanto, o plantio de eucalipto seria alem de uma forma de melhorar a sustentabilidade no Brasil e no mundo, uma forma de ganhar dinheiro com isso daqui uns anos.

Eucalipto gera 6 vezes mais lucro que gado 

Atraídos pelos maiores rendimentos, que chegam a ser até seis vezes mais que a pecuária, produtores do Estado têm investido cada vez mais no cultivo de florestas, principalmente de eucaliptos. Em nove anos, a área plantada pulou de 90 para cerca de 580 mil hectares, segundo dados da Reflore-MS (Associação de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas).
Desse total, apenas uma pequena parcela das florestas, de 20 mil hectares, é dedicada a outras culturas, como pinos e seringueiras, e o restante é dominado pelos eucaliptos. Segundo a Associação, o Estado ocupa o 4º lugar no Brasil em plantio de eucaliptos e, segundo a Seprotur, a área deve aumentar para 1 milhão de hectares em 2020.
A produção é quase exclusivamente dedicada à fabricação de celulose, sendo uma parcela de menos de 200 mil hectares para matéria-prima de carvão, energia e outros materiais.
E não é à toa, já que o aumento do plantio de eucaliptos foi graças à instalação de indústrias do setor de celulose no Estado, que continua crescendo e o Governo já anunciou a futura construção de mais duas fábricas.
O município de Três Lagoas é considerado sede da produção com a localização da Fibria, que produz 1,3 milhões de tonelada por ano, e a instalação da Eldorado, que começa a operar em dezembro, com expectativa de 1,500 milhão de tonelada anualmente e meta de ampliação para 5 milhões de toneladas em 2020. Segundo levantamento do Radar Industrial da Fiems, o grupo “Papel e Celulose” gerou receita de cerca de US$ 304,89 milhões nas exportações entre janeiro e agosto deste ano, o que representa aumento de 2,5%.
Lucro - Com o aumento da demanda, produtores que já investem no cultivo comemoram a aposta e os lucros. “É hoje uma área muito promissora, que rende muito mais que a pecuária”, diz o produtor Chico Maia, antigo investidor da pecuária, mas que há 6 anos resolveu apostar no ramo até então pouco conhecido.
“Vi uma foto na revista e me interessei pela silvicultura. Resolvi apostar, mesmo com alguns me chamando de louco. Eu mesmo plantei os primeiros eucaliptos e agora vejo a primeira colheita”, contou durante a colheita de parte do cultivo, que será utilizado pela fábrica Eldorado.
Nas contas do pesquisador da Embrapa, Armindo Kichel, 1 única árvore pode chegar a valer R$ 9.000,00 ao fim de 6 anos, enquanto, se for utilizada para pecuária tradicional – 1 vaca por hectare – rende R$ 1.200 mil no mesmo período.
RENTABILIDADE

Desde o final do ano passado até agora já foram 300 mil plantas doadas para 110 produtores de Umuarama. Cada um recebeu no máximo 4 mil mudas a serem plantadas numa área de até dois hectares.
Para entender a rentabilidade do cultivo, primeiro é preciso levar em consideração que a madeira do eucalipto é dividida em três fases, para três finalidades.
Com cinco anos a planta pode ser utilizada apenas para a produção de lenha, custando R$40 a tonelada. Consegue-se produzir 250 toneladas por hectare que, no período, renderão R$10 mil para o produtor.
Ao esperar um pouco mais, com sete anos a planta está preparada para ser laminada e servir para o setor moveleiro. Com a maior espera também aumenta o preço da tonelada, que chega a R$120. “O produtor consegue produzir 350 toneladas por hectare tirando em sete anos R$42 mil brutos por isso”, calcula Marconi.
Mas se o eucalipto demorar 13 anos para ser cortado – cuja madeira servirá mais para a construção civil – a produtividade será de 650 toneladas por hectare. O valor da tonelada continua R$120, mas em treze anos o produtor terá uma renda bruta de R$78 mil. “São R$6 mil por hectare ao ano que o produtor irá incrementar na sua renda sem muito esforço. É uma lucratividade que só as hortaliças e algumas frutas conseguem oferecer”, avalia o diretor.
Para se ter uma ideia mais ampla dos benefícios da silvicultura, se o produtor plantar apenas um hectare de eucalipto, depois de treze anos ele terá produzido o suficiente para comprar mais sete hectares de terra, de acordo com as atuais cotações. Outra simulação de valores mostra que, no mesmo período, em um alqueire o produtor conseguirá lucrar R$300 mil.
“Quem tem eucalipto hoje está feito. Infelizmente os produtores acham que treze anos não vão passar nunca e querem o ganho imediato, mas quem olha com atenção vai ver que essa é literalmente uma poupança verde”,
O chefe da divisão de agricultura, Sidney Ianke, também afirma que um pedaço de terra não agricultável pode virar economia com a variedade grandis, que está sendo usada neste projeto de incentivo. “O esforço é pequeno e é mais concentrado no início. Basta ter cuidado com as formigas, aplicar veneno e adubar”

ESTUDO BÁSICO DE VIABILIDADE 

Em 1 hectare ( 10.000m2 ) é possível plantar 2.500 mudas de eucalipto com espaçamento de 2 x 2 mts entre as linhas e entre as plantas, ou seja, em 1 alqueire paulista seriam 6.050 mudas. 

O custo médio de implantação e manutenção da área é de : R$ 3.500,00/ha já incluido a muda, combate a formiga, adubação - considerando uma área de pastagem limpa. 
s dados médios de produtividade após 07anos é de 350 à 450 m3 de madeira por hectare variando conforme material genético, manejo-tratos culturais, tipo de solo-fertilidade, insolação e temperatura. 

O preço mínimo hoje pago pela industria ( celulose ) é de R$ 35,00/m3 na propriedade, ou seja, uma receita de R$ 12.250,00 à R$ 15.750,00/ha, ou seja, uma rentabilidade mínima de 1,5% ao mês, considerando apenas o primeiro corte. Mas observe que no primeiro corte paga-se todo o custo e já dá lucro, e ainda restam mais dois cortes. 

Exemplo: 
Imaginemos 70ha 
Vamos plantar 10 ha por ano durante 7 anos, ou seja, quando estivermos plantando o Sétimo hectare estaremos colhendo o primeiro hectare. 

Investimento primeiro Ano = R$ 3.500,00 x 7 ha = R$ 24.500,00 

Receita/Produção sétimo ano = 7 x 350m3 = 2.450 m3 x35,00/m3 = R$ 85.750,00 

Ou seja, à partir do momento em que iniciarem os cortes teremos uma receita de R$ 85.750,00/ano durante 21 anos. 

Isso considerando que a madeira não subirá de preço - considerando o preço de hoje. 

Sistema creditício-financeiro. 

Sob a expectativa de ocorrer um apagão florestal no Brasil, o governo disponibiliza linhas de créditos para implantação de florestas. 

Há recursos hoje do BNDES para florestas com taxa de juros de 8,75% ao ano e prazo de carência de 8 anos, extensível à 12 anos. 

E neste caso, como ficariam essas contas? 

R$ 3.500,00 x 8 anos x 8.75% aa = R$ 6.847.,03 ( sua dívida com o banco ) 

Receita no primeiro corte no Sétimo ano = + R$ 12.250,00 

Lucro no primeiro corte - após pagamento da dívida = R$ + 5.402,97 e sobram mais dois cortes totalmente livre de dívida. 

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