Como plantar eucalipto
Falar em plantio de
eucalipto hoje é um
fato que não abrange apenas uma forma de rentabilidade do produtor, mas uma
forma de sustentabilidade para os recursos naturais brasileiros. Até alguns
anos atrás, plantar eucalipto era sinal de fonte de renda futura, uma poupança
do produtor rural. Entretanto, se não fosse pelo plantio de eucalipto,
provavelmente hoje muitas de nossas crianças estariam sem papel na escola, os
livros estariam em falta, o mercado moveleiro estaria em decadência. Tudo isso mostra
tamanha a importância das florestas plantadas hoje no Brasil.
Através do plantio de madeiras,
como eucalipto e Pinus, hoje o Brasil vê a sua frente uma larga demanda de
produtos oriundos desse material. São móveis, papel e celulose, carvão, laminas
e vários outros produtos que essas espécies podem dar resultado.
O plantio do
Eucalipto começa bem
antes da compra da madeira: a escolha e limpeza da área, controle de pragas e
doenças, definição do método de plantio e tratos culturais são alguns fatores
serem lembrados. Os eucaliptos tendem a se desenvolver melhor, quando o plantio
é feito no período de chuvas. Na maioria dos casos, as mudas são plantadas
debaixo de chuvas, o que a torna mais resistente no futuro.
Atualmente com a ajuda da genética,
as mudas têm sido beneficiadas para seu melhoramento de produtividade na
propriedade rural. Em sua maioria, elas são resistentes a geadas, pragas e
muitos outros.
Através de estudos, a cada ano, as
mudas já vêm com melhoramento genético mais eficaz, permitindo um melhor
aproveitamento das espécies.
Dependendo para qual for à
finalidade do seu plantio de eucalipto, o espaçamento varia de 3 x 3 ou 3 x 2.
Para quem for utilizar seu reflorestamento para carvão, lenha, o normal é que
seja plantado 3 x 2. Caso o produtor queira buscar algo mais vantajoso
financeiramente, entretanto a longo prazo, o ideal é o plantio 3 x 3, madeira
essa aproveitada no mercado de lâminas.
Ambas as atividade dão retorno
garantido, entretanto a lâmina tem um valor agregado bem maior. A diferença é
na questão dos cuidados. Enquanto para outro ramo, o eucalipto em si não
precisa de muitos cuidados, para a lâmina, as arvores precisam ser sempre
podadas, para o não surgimento de nós, com o passar dos anos é preciso fazer
dois raleio (retirada de arvores), para que as que permanecerem possam
desenvolver melhor, para dar um maior proveito na Laminação.
Em media, o Eucalipto cresce de 6
a 10 anos dependendo da atividade a ser desenvolvida. Hoje, a demanda de
madeiras no Brasil tem sido discutida direto em seminários, uma vez que
provavelmente faltará matéria prima no mercado. Portanto, o plantio de
eucalipto seria alem de uma forma de melhorar a sustentabilidade no Brasil e no
mundo, uma forma de ganhar dinheiro com isso daqui uns anos.
Eucalipto
gera 6 vezes mais lucro que gado
Atraídos pelos maiores
rendimentos, que chegam a ser até seis vezes mais que a pecuária, produtores do
Estado têm investido cada vez mais no cultivo de florestas, principalmente de
eucaliptos. Em nove anos, a área plantada pulou de 90 para cerca de 580 mil
hectares, segundo dados da Reflore-MS (Associação de Produtores e Consumidores
de Florestas Plantadas).
Desse total, apenas uma
pequena parcela das florestas, de 20 mil hectares, é dedicada a outras
culturas, como pinos e seringueiras, e o restante é dominado pelos eucaliptos.
Segundo a Associação, o Estado ocupa o 4º lugar no Brasil em plantio de
eucaliptos e, segundo a Seprotur, a área deve aumentar para 1 milhão de
hectares em 2020.
A produção é quase
exclusivamente dedicada à fabricação de celulose, sendo uma parcela de menos de
200 mil hectares para matéria-prima de carvão, energia e outros materiais.
E não é à toa, já que o
aumento do plantio de eucaliptos foi graças à instalação de indústrias do setor
de celulose no Estado, que continua crescendo e o Governo já anunciou a futura
construção de mais duas fábricas.
O município de Três
Lagoas é considerado sede da produção com a localização da Fibria, que produz
1,3 milhões de tonelada por ano, e a instalação da Eldorado, que começa a
operar em dezembro, com expectativa de 1,500 milhão de tonelada anualmente e
meta de ampliação para 5 milhões de toneladas em 2020. Segundo levantamento do
Radar Industrial da Fiems, o grupo “Papel e Celulose” gerou receita de cerca de
US$ 304,89 milhões nas exportações entre janeiro e agosto deste ano, o que
representa aumento de 2,5%.
Lucro - Com o aumento da demanda, produtores que já
investem no cultivo comemoram a aposta e os lucros. “É hoje uma área muito
promissora, que rende muito mais que a pecuária”, diz o produtor Chico Maia,
antigo investidor da pecuária, mas que há 6 anos resolveu apostar no ramo até
então pouco conhecido.
“Vi uma foto na revista
e me interessei pela silvicultura. Resolvi apostar, mesmo com alguns me
chamando de louco. Eu mesmo plantei os primeiros eucaliptos e agora vejo a
primeira colheita”, contou durante a colheita de parte do cultivo, que será
utilizado pela fábrica Eldorado.
Nas contas do
pesquisador da Embrapa, Armindo Kichel,
1 única árvore pode chegar a valer
R$ 9.000,00 ao fim de
6 anos, enquanto, se for utilizada para pecuária tradicional – 1 vaca por
hectare – rende R$ 1.200 mil no mesmo período.
RENTABILIDADE
Desde o final do ano passado até
agora já foram 300 mil plantas doadas para 110 produtores de Umuarama. Cada um
recebeu no máximo 4 mil mudas a serem plantadas numa área de até dois hectares.
Para entender a rentabilidade do
cultivo, primeiro é preciso levar em consideração que a madeira do eucalipto é
dividida em três fases, para três finalidades.
Com cinco anos a planta pode ser
utilizada apenas para a produção de lenha, custando R$40 a tonelada.
Consegue-se produzir 250 toneladas por hectare que, no período, renderão R$10 mil
para o produtor.
Ao esperar um pouco mais, com sete
anos a planta está preparada para ser laminada e servir para o setor moveleiro.
Com a maior espera também aumenta o preço da tonelada, que chega a R$120. “O
produtor consegue produzir 350 toneladas por hectare tirando em sete anos R$42
mil brutos por isso”, calcula Marconi.
Mas se o eucalipto demorar 13 anos
para ser cortado – cuja madeira servirá mais para a construção civil – a
produtividade será de 650 toneladas por hectare. O valor da tonelada continua
R$120, mas em treze anos o produtor terá uma renda bruta de R$78 mil. “São R$6
mil por hectare ao ano que o produtor irá incrementar na sua renda sem muito
esforço. É uma lucratividade que só as hortaliças e algumas frutas conseguem
oferecer”, avalia o diretor.
Para se ter uma ideia mais ampla
dos benefícios da silvicultura, se o produtor plantar apenas um hectare de
eucalipto, depois de treze anos ele terá produzido o suficiente para comprar
mais sete hectares de terra, de acordo com as atuais cotações. Outra simulação
de valores mostra que, no mesmo período, em um alqueire o produtor conseguirá
lucrar R$300 mil.
“Quem
tem eucalipto hoje está feito. Infelizmente os produtores acham que treze anos
não vão passar nunca e querem o ganho imediato, mas quem olha com atenção vai
ver que essa é literalmente uma poupança verde”,
O chefe da divisão de agricultura,
Sidney Ianke, também afirma que um pedaço de terra não agricultável pode virar
economia com a variedade grandis, que está sendo usada neste projeto de
incentivo. “O esforço é pequeno e é mais
concentrado no início. Basta ter cuidado com as formigas, aplicar veneno e
adubar”
ESTUDO BÁSICO DE VIABILIDADE
Em 1 hectare ( 10.000m2 ) é possível plantar 2.500 mudas de eucalipto com espaçamento de 2 x 2 mts entre as linhas e entre as plantas, ou seja, em 1 alqueire paulista seriam 6.050 mudas.
O custo médio de implantação e manutenção da área é de : R$ 3.500,00/ha já incluido a muda, combate a formiga, adubação - considerando uma área de pastagem limpa.
s dados médios de produtividade após 07anos é de 350 à 450 m3 de madeira por hectare variando conforme material genético, manejo-tratos culturais, tipo de solo-fertilidade, insolação e temperatura.
O preço mínimo hoje pago pela industria ( celulose ) é de R$ 35,00/m3 na propriedade, ou seja, uma receita de R$ 12.250,00 à R$ 15.750,00/ha, ou seja, uma rentabilidade mínima de 1,5% ao mês, considerando apenas o primeiro corte. Mas observe que no primeiro corte paga-se todo o custo e já dá lucro, e ainda restam mais dois cortes.
Exemplo:
Imaginemos 70ha
Vamos plantar 10 ha por ano durante 7 anos, ou seja, quando estivermos plantando o Sétimo hectare estaremos colhendo o primeiro hectare.
Investimento primeiro Ano = R$ 3.500,00 x 7 ha = R$ 24.500,00
Receita/Produção sétimo ano = 7 x 350m3 = 2.450 m3 x35,00/m3 = R$ 85.750,00
Ou seja, à partir do momento em que iniciarem os cortes teremos uma receita de R$ 85.750,00/ano durante 21 anos.
Isso considerando que a madeira não subirá de preço - considerando o preço de hoje.
Sistema creditício-financeiro.
Sob a expectativa de ocorrer um apagão florestal no Brasil, o governo disponibiliza linhas de créditos para implantação de florestas.
Há recursos hoje do BNDES para florestas com taxa de juros de 8,75% ao ano e prazo de carência de 8 anos, extensível à 12 anos.
E neste caso, como ficariam essas contas?
R$ 3.500,00 x 8 anos x 8.75% aa = R$ 6.847.,03 ( sua dívida com o banco )
Receita no primeiro corte no Sétimo ano = + R$ 12.250,00
Lucro no primeiro corte - após pagamento da dívida = R$ + 5.402,97 e sobram mais dois cortes totalmente livre de dívida.
Em 1 hectare ( 10.000m2 ) é possível plantar 2.500 mudas de eucalipto com espaçamento de 2 x 2 mts entre as linhas e entre as plantas, ou seja, em 1 alqueire paulista seriam 6.050 mudas.
O custo médio de implantação e manutenção da área é de : R$ 3.500,00/ha já incluido a muda, combate a formiga, adubação - considerando uma área de pastagem limpa.
s dados médios de produtividade após 07anos é de 350 à 450 m3 de madeira por hectare variando conforme material genético, manejo-tratos culturais, tipo de solo-fertilidade, insolação e temperatura.
O preço mínimo hoje pago pela industria ( celulose ) é de R$ 35,00/m3 na propriedade, ou seja, uma receita de R$ 12.250,00 à R$ 15.750,00/ha, ou seja, uma rentabilidade mínima de 1,5% ao mês, considerando apenas o primeiro corte. Mas observe que no primeiro corte paga-se todo o custo e já dá lucro, e ainda restam mais dois cortes.
Exemplo:
Imaginemos 70ha
Vamos plantar 10 ha por ano durante 7 anos, ou seja, quando estivermos plantando o Sétimo hectare estaremos colhendo o primeiro hectare.
Investimento primeiro Ano = R$ 3.500,00 x 7 ha = R$ 24.500,00
Receita/Produção sétimo ano = 7 x 350m3 = 2.450 m3 x35,00/m3 = R$ 85.750,00
Ou seja, à partir do momento em que iniciarem os cortes teremos uma receita de R$ 85.750,00/ano durante 21 anos.
Isso considerando que a madeira não subirá de preço - considerando o preço de hoje.
Sistema creditício-financeiro.
Sob a expectativa de ocorrer um apagão florestal no Brasil, o governo disponibiliza linhas de créditos para implantação de florestas.
Há recursos hoje do BNDES para florestas com taxa de juros de 8,75% ao ano e prazo de carência de 8 anos, extensível à 12 anos.
E neste caso, como ficariam essas contas?
R$ 3.500,00 x 8 anos x 8.75% aa = R$ 6.847.,03 ( sua dívida com o banco )
Receita no primeiro corte no Sétimo ano = + R$ 12.250,00
Lucro no primeiro corte - após pagamento da dívida = R$ + 5.402,97 e sobram mais dois cortes totalmente livre de dívida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário